terça-feira, 6 de setembro de 2011

O HIP HOP SE LEVANTA

CCJ aprova projeto que incentiva Movimento Hip Hop

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou na manhã desta terça-feira (06) o PL 124/2009, que Institui a Política Estadual de Incentivo à Cultura e à Arte Hip Hop no Rio Grande do Sul.

Grupo Sintomas Clã acompanhou o processo de votação.

O PL 124 busca potencializar o apoio do poder público ao Movimento Hip Hop. Segundo o deputado, além de ser um movimento de resistência social e cultural, o hip hop também é uma forma de reação aos conflitos sociais e à violência que cresce nas cidades brasileiras. Movimento que mobiliza especialmente jovens das periferias, que por meio da arte e da cultura, denunciam a exclusão e a opressão, o hip hop é a cultura das ruas, que se traduz em especial no rap, no grafite e np break dance.




Extermínio jovem

O Relatório de Desenvolvimento Humano 2005 – Racismo, Pobreza e Violência das Nações Unidas, aprontou que 30 mil brasileiros são assassinados por ano, a maioria pobre, negra e jovem, com idades entre 15 e 24 anos. Os dados apontam para a necessidade de políticas públicas que transformem a situação. ‘Tenho a convicção de que o Hip Hop tem servido justamente como um meio de integração social, de resgate e de ressocialização dos jovens da periferia, buscando superar essa situação de marginalização’, diz Carrion.

O Hip Hop no RS
Iniciado no final da década de 1960, nos Estados Unidos, como uma forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade norte-americana, o Hip Hop foi adotado no Brasil principalmente pelos jovens da periferias das grandes cidades – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. Hoje, a cultura abrange o canto do rap, a instrumentação dos DJs, a break dance e a pintura do grafite.

No RS, a história da cultura Hip Hop tem como referência inicial as festas de soul e funk realizadas nas comunidades e salões da capital nos anos 80. ‘Hoje, observamos uma enorme difusão dessa cultura em todo o Estado. E a aprovação desta lei representará um grande salto organizativo do movimento’, lembra o deputado comunista.

De Porto Alegre,
Isabela Soares